Frenesi na comunicação digital e o retorno aos trilhos

 

Com a explosão das novas mídias e reconhecimento de todos quanto ao seu poder, vivemos um verdadeiro frenesi na área de comunicação. Todos os briefings, pedidos e orçamentos de todos os lados – profissionais e clientes – parecem vir ‘assinados’ com “Eu quero o melhor aplicativo de Facebook”, “Vamos produzir o vídeo viral do ano” ou “Li uma matéria em uma revista e quero fazer igual”. Como sempre digo, “Muita calma nessa hora”.

Será que estamos esquecendo a ordem das coisas? Não devíamos antes de focar no “meio” analisar o “fim”, ou seja, pensar em quem queremos atingir e estudar o comportamento destes antes de determinar como alcançá-los? Este é o momento que separa  crianças ou sobrinhos dos bons profissionais. Os primeiros encaram todo esse imbróglio como um problema, já os bons profissionais como uma grande oportunidade.

A boa comunicação digital vai muito além de tendências de novas ferramentas e modismos, ela tem uma base social.  O comportamento humano foi o principal combustível para gerar crescimento das redes sociais, e é no ser humano que temos que voltar nosso primeiro olhar, pois este é sempre nosso alvo. Portanto, não devemos simplesmente sair criando coisas que achamos ser empolgantes ou super legais.

Temos, sim, que estar extremamente atentos a tudo que é novo, acompanhar sites, blogs, Twitter, fanpages e tudo mais que possa agregar ao nosso conhecimento técnico, entretanto, isso deve ser somado à cautela, ao estudo do comportamento humano e ao velho e bom dom de ouvir o mercado. Ouvir com foco e paciência, para somente assim determinar estratégias e campanhas, independente do tamanho.

Enfim, nos tempos de hoje é complicado falar do tão escasso dom de ouvir e de paciência, mas, sim, este pode ser o grande diferencial para o profissional de comunicação digital, seja ele o que for: designer, programador, publicitário, front-end ou atendimento.

É isso ai! Vamos investir em ter diferenciais técnicos e especializados, porém nosso foco tem que estar na essência, no equilíbrio – estes podem ser o seu destaque na hora que todo o “fogo de palha” abaixar e os “empolgados” começarem a ter seus nomes prejudicados no mercado.

O mundo pode e vai inventar sempre coisas novas e empolgantes, mas algumas NUNCA mudam: a essência humana e suas necessidades.